História do GOMAR

GOMAR – BREVE HISTÓRIA DE NOSSA POTÊNCIA

Meus Irmãos, procuramos, de forma extremamente resumida, abordar a História do GRANDE ORIENTE DA MAÇONARIA REGULAR.

Eis a breve História de nossa Potência.

Segundo o Irmão Giovanni Greco, em seu artigo intitulado “O Grande Oriente de Minas Gerais e aspectos de sua vida pregressa”, escrito em 12/setembro/1984, em Belo Horizonte foi fundada, em 01/06/1896 a Loja Deus, Humanidade  e Luz, que tornou-se pujante, com mais de 230 Irmãos. Entretanto, em 1944, o Irmão Joaquim Rodrigues Neves, Grão-Mestre Geral do GOB, cassou os direitos maçônicos das lideranças daquela Loja. Inconformados, os Irmãos José Persilva, Nilo Abranches, Alcides Índio do Brasil, Manoel Bastos, Júlio Staionof, João Romero, Geraldo Coura e  Eurico de Lima Gil, discutiram em assembleia: a) Desligar-se do GOB e filiar-se à Grande Loja Maçônica de Minas Gerais; b) Desligar-se do GOB e trabalhar maçônica e independentemente. Foi acolhida, por unanimidade, essa segunda alternativa e nasceu a ideia de se fundar o Grande Oriente de Minas Gerais, com a adesão de mais 06 Lojas.

Assim, foi fundado o Grande Oriente de Minas Gerais,  em 12 de setembro de 1944

Foram  fundadoras do Grande Oriente de Minas Gerais, as seguintes Lojas: “Major João Pereira”, “21 de Fevereiro”, “Hiram”, “Caridade e Justiça”, “12 de Setembro” e “Deus, Humanidade e Luz”.

A primeira sede própria  do Grande Oriente de Minas Gerais, foi na Av. Barbacena, nº 40, no Bairro Barro Preto,  cujo terreno foi doado pelo então Prefeito  Juscelino Kubitschek de Oliveira.  Uma curiosidade! Havia na lei que autorizou a doação do terreno, a exigência de um prazo para que fosse feita uma construção. O prazo venceu, a construção não foi feita e quase que o Grande Oriente de Minas Gerais perdeu a doação, não fosse a pronta intervenção de alguns Irmãos, junto ao Prefeito Juscelino Kubitschek de Oliveira.

Havia, em Minas Gerais, mais duas Potências Maçônicas: Grande Oriente Estadual Tiradentes de Minas Gerais, com sede à Rua dos Tupinambás, em frente ao Bar e Restaurante Café Palhares e o Grande Oriente Tiradentes Independente, com sede à Rua dos Caetés, nº 710. Esse prédio ainda existe. O Grande Oriente Tiradentes Independente abateu Colunas após a morte do seu Grão-Mestre, Irmão Cel. Otávio Batista Diniz.

FILIAÇÃO AO GRANDE ORIENTE UNIDO!

Em 20/maio/1948, o Grande Oriente de Minas Gerais filiou-se ao Grande Oriente Unido e aquela Potência  reconheceu o GOMG como Potência controladora da Maçonaria em Minas Gerais. Destaque-se que, na oportunidade, o GOMG ajudou ao Grande Oriente Unido na elaboração de sua Constituição.

Em seu Relatório de Atividades, datado de 21/setembro/1950 o então Grão-Mestre do Grande Oriente de Minas Gerais, Irmão Antônio de Castilhos, relatava as dificuldades enfrentadas no  âmbito  da Potência, que contava, então, com  apenas 07 (sete) Lojas.

Continua o relatório:

RELAÇÃO COM OUTRAS POTÊNCIAS MAÇÔNICAS

“Desde nosso segundo período de atividade, que mantemos extra-oficialmente (grifo nosso), as mais cordiais relações com a Sereníssima Grande Loja de Minas Gerais e suas oficinas…Temos por lema receber em nosso Templo, todo os maçons regulares (grifo nosso) de qualquer Potência, legal e legítima, não tomando conhecimento das divergências que possam existir, sejam de ordem política ou litúrgica, sempre nos batemos pelo princípio da Universalidade da Maçonaria (grifo nosso).”

Foram  esses os dois primeiros Grão-Mestres, do Grande Oriente de Minas Gerais: Primeiro Grão-Mestre, Sereníssimo Irmão Tenente Cel. José Persilva, no período de  12/setembro/1944, até dezembro/1945. Segundo Grão-Mestre, Sereníssimo Irmão Antônio de Castilhos, de janeiro/1946 até 21/outubro/1950.

Em 05/06/1953, o Grande Oriente Estadual Tiradentes, obteve a Carta Patente (Carta Constitutiva) do GOB.

Em 1958 houve a unificação do Grande Oriente Unido ao GOB e, por via de consequência, o Grande Oriente de Minas Gerais retornou à federação gobiana.

Após a Cisão de 1973, foi criado o Colégio de Presidentes da Maçonaria Brasileira, com as autonomias administrativas respeitadas em seus respectivos Estados. Em 1991, o Colégio de Presidentes da Maçonaria Brasileira passou a denominar-se Confederação Maçônica do Brasil-COMAB.

Tínhamos então em Minas Gerais, dois Grande Orientes com a mesma denominação: Grande Oriente de Minas Gerais (COMAB) e Grande Oriente de Minas Gerais (GOB). Foi quando os Irmãos do GOMG-COMAB, reclamaram a posse do nome Grande Oriente de Minas Gerais. Para contornar e evitar o agravamento problemas jurídicos na esfera profana, o GOMG/GOB, passou a denominar-se Grande Oriente do Estado de Minas Gerais-GOEMG. Entre 2003 e 2008, o Soberano Irmão Laelso Rodrigues, então Grão-Mestre Geral do GOB, conseguiu encerrar a demanda jurídica no campo profano e, em 31/08/2008, foi promulgada nova Constituição Estadual e o GOEMG passou a denominar-se Grande Oriente do Brasil-Minas Gerais GOB-MG. No  prefácio daquela Constituição está escrito: “…o Grande Oriente do Brasil-Minas Gerais, Federado ao Grande Oriente do Brasil, se fez distinguir por denominações outras, como:  Grande Oriente Estadual Tiradentes de Minas Gerais, Grande Oriente de Minas Gerais, Grande Oriente de Minas Gerais,  Federado ao Grande Oriente do Brasil, Grande Oriente do Estado de Minas Gerais, Federado ao Grande Oriente do Brasil e, finalmente, Grande Oriente do Brasil-Minas Gerais, Federado ao Grande Oriente do Brasil.”

Como sucintamente foi exposto, nesta História do GRANDE ORIENTE DA MAÇONARIA REGULAR, muitas foram as injunções de ordem política que levaram nossa Potência a filiar-se a essa ou àquela  Potência. Mais recentemente, isto é, em junho/2023, novo episódio levou a divisão em nossa Potência, mas um grupo de abnegados e decididos Irmãos, optou em novamente levar uma vida maçônica independente, como já ocorrera em outra fase de nossa História e, em 24/fevereiro/2024, em memorável Assembleia Geral Extraordinária,  foi aprovado o novo Estatuto (Constituição) de nossa Potência, quando adotamos nova denominação maçônica: GRANDE ORIENTE DA MAÇONARIA REGULAR, com os mesmíssimos propósitos, de inarredável compromisso com os ditames da Universalidade da Maçonaria, (grifo nosso), praticados pelos nossos fundadores, como bem afirmou outrora, nosso segundo Grão-Mestre, o  Irmão Antônio de Castilhos.

Fraternalmente,

IRMÃO PEDRO DE BRITO

SEREN ∴ GRÃO-MESTRE DO GRORIENTE DA MAÇONARIA REGULAR

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